Educação como motor de transformação nacional
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É notório que a educação é importante, mas você já parou para pensar o quão transformadora ela é? Vamos dar uma pequena amostra então.
A Coreia do Sul, hoje um tigre asiático que dispõe de uma indústria de ponta e de uma alta qualidade de vida, tem, como plano de fundo desses avanços, a educação. Na década de 1960, os índices educacionais e de desenvolvimento sul-coreanos eram semelhantes aos do Brasil, entretanto foram feitas, além de reformas econômicas, uma profunda reforma na educação que procurou valorizar e estruturar não só o ensino superior, mas principalmente a educação básica, por meio da valorização dos profissionais, de métodos de ensino menos mecanizados e da valorização das artes. Com isso, em menos 50 anos anos, a Coreia do Sul passou de um país pobre para uma nação rica, tecnológica, com alta qualidade de vida e protagonismo internacional, com crescimento anual na média de 7%. E o Brasil se tornou o quê? Apenas um exportador de commodities, “o celeiro do mundo” como é conhecido. Só a título de comparação as taxas de analfabetismo funcional são praticamente zero na Coreia enquanto que no Brasil são de 30% da população.
Agora você deve estar pensando “Bem, é só colocar em prática no Brasil as mesmas reformas e medidas que foram aplicadas na Coreia, certo?” Então..as coisas não são bem assim.
Todo país tem suas particularidades, sendo assim, não basta copiar o modelo sul-coreano ou finlandês, deve haver uma discussão e uma sintonia entre a sociedade e os 3 poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Assim uma reforma educacional terá maiores chances de obter êxito. Entretanto, sabemos que um novo modelo de educação deve seguir alguns pilares:
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Valorização dos professores, por meio de uma especialização continuada, maiores salários e uma maior autonomia em sala de aula;
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Respeito às diferenças: Cada aluno é único não só no tempo que leva para aprender, mas também a forma como aprende melhor, isso tudo deve ser levado em consideração;
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Equidade: Deve-se diminuir o abismo entre o ensino público e privado, seja ele na educação primária seja ele na educação superior;
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Valorização das artes e do senso crítico: Uma sociedade mais expressiva e politizada tem uma maior qualidade de vida, bem como níveis de compreensão do mundo mais elevados;
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Mais utilidades: As habilidades exigidas no futuro não vem sendo contempladas pelo modelo de educação vigente, o que pode condenar toda uma geração a um atraso e a um fracasso tanto profissional, como pessoal. Entre essas habilidades estão: Capacidade de resolver problemas, cooperação, inteligência emocional, afinidade com as tecnologias da indústria 4.0, dentre muitas outras.
Se não agirmos agora, em alguns anos, pode ser tarde demais...